terça-feira, 23 de janeiro de 2018

POR QUE UM CASAMENTO EM PLENO VOO? FOI "IRREGULAR"? O PRÓPRIO PAPA NOS EXPLICA


A celebração matrimonial que emocionou o mundo também gerou algumas perguntas. E o Papa Francisco as respondeu.

No voo de volta ao Vaticano após a visita apostólica do Papa Francisco ao Chile e ao Peru, não podia faltar de parte dos jornalistas alguma pergunta sobre o evento mais peculiar desta viagem: a celebração matrimonial dos comissários de voo Carlos e Paula a bordo do avião que levava o Papa rumo à cidade chilena de Iquique.

A questão apresentada por um dos jornalistas foi: de agora em adiante, o que o Papa recomendaria aos párocos e bispos quando os noivos lhes pedissem para celebrar seu casamento na praia, no bosque, num barco…?

E esta foi a resposta do Papa Francisco:

“Um de vocês me disse que eu estou louco por fazer estas coisas. Mas foi simples. O homem estava no primeiro voo. Ela não estava. Conversamos… Eu logo me dei conta de que ele tinha me sondado.

Falamos da vida, do que eu pensava sobre a vida da família. Realmente, uma conversa bonita. No dia seguinte estavam os dois. Quando tiramos as fotos, eles me disseram que estavam para se casar pela Igreja, que tinham se casado pelo civil, porque, no dia anterior – parece que eles eram de uma cidade pequena – a igreja tinha ficado destruída pelo terremoto. Não houve o matrimônio. E isto faz 8 ou 10 anos.

‘Ah, amanhã nos casamos’… Depois a vida, chega uma filha, depois a outra filha… ‘Nós sempre tivemos esse desejo no coração, mas não nos casamos’. Eu os interroguei um pouco e as respostas eram claras: para toda a vida. ‘E como vocês sabem estas coisas? Têm boa memória do catecismo?’. ‘Não, não, não. Nós fizemos os cursos de noivos’. Eles estavam preparados. Digo aos párocos que eles estavam preparados e eu julguei que estavam preparados.

Eles me pediram. Os sacramentos são para as pessoas e eu vi que as condições eram claras. E por que não fazer hoje o que pode ser feito hoje? Para que deixar para amanhã? Porque ‘amanhã’ talvez pudessem ser mais 8 anos. Esta é a resposta. Porque eu julguei que eles estavam preparados e sabiam o que estavam fazendo. Um deles também se preparou diante do Senhor com o sacramento da penitência. E eu fiz a cerimônia. Quando chegaram aqui, tudo estava pronto e eles se casaram.

Me contaram que eles tinham dito a alguém: ‘Vamos pedir para o Papa nos casar’. Não sei se era verdade ou não essa intenção. Mas aconteceu desse jeito. Digam aos párocos que o Papa os interrogou bem e eles disseram que tinham feito o curso… E eram conscientes de que estavam numa situação irregular”.
Além disso, o próprio Carlos, o comissário recém-casado, já tinha relatado o que o Papa Francisco lhes dissera sobre o porquê de presidir ao matrimônio:

“Este é o Sacramento que faz falta no mundo, o do matrimônio. Eu desejo que isto motive outras pessoas a celebrarem o matrimônio”.
A polêmica em torno ao verbo “casar”

Por fim, mais um esclarecimento é relevante neste contexto. É que em diversos veículos católicos de informação, levantou-se a polêmica em torno ao uso do verbo “casar” nos relatos que afirmavam que “o Papa casou dois tripulantes”.

Para ficar por dentro desta interessante discussão, confira o artigo seguinte:

De alguns pontos de vista, Francisco não casou os comissários chilenos; de outros, casou, sim. E então?

Em diversos veículos católicos de informação, levantou-se em dias recentes uma polêmica em torno ao uso do verbo “casar” nos relatos sobre o matrimônio de Carlos Ciuffardi e Paula Podest, realizado em pleno voo, no Chile, sob a assistência de ninguém menos que o Papa Francisco

Pois bem. Algumas manchetes estamparam que “o Papa casou dois tripulantes do avião no Chile”, redação esta que levou os defensores de certo uso estrito do verbo “casar” a alegarem que, a rigor, o Papa Francisco não casou ninguém. Quem se casou foram Carlos e Paula.
Afinal, o Papa os casou ou não casou?

O catecismo

De um ponto de vista bastante específico, que é o da doutrina católica, a zelosa alegação de que o Papa não os casou pretende recordar que o ministro de qualquer um dos sete sacramentos da Igreja é a pessoa que faz com que o sacramento se realize. No caso da Eucaristia, por exemplo, o ministro é o sacerdote. No caso da ordem sacerdotal, o ministro é o bispo. E no caso do matrimônio, os ministros são os próprios esposos. O Catecismo da Igreja Católica nos explica:
1623 – Segundo a tradição latina, são os esposos quem, como ministros da graça de Cristo, mutuamente se conferem o sacramento do matrimônio, ao exprimirem, perante a Igreja, o seu consentimento.
É isto mesmo: no caso do matrimônio, o diácono, o padre, o bispo ou mesmo o Papa é apenas uma testemunha, por parte da Igreja, do sacramento conferido pelos próprios noivos um ao outro. O Catecismo prossegue:
1630 – O sacerdote (ou o diácono) que assiste à celebração do matrimônio recebe o consentimento dos esposos em nome da Igreja e dá a bênção da Igreja. A presença do ministro da Igreja (bem como das testemunhas) exprime visivelmente que o matrimônio é uma realidade eclesial.
É correto e oportuno, portanto, precisar que o Papa não “casou” ninguém, desde que fique bem claro que o sentido deste verbo, neste caso específico, é o de “ministrar o sacramento do matrimônio”: de fato, o Papa foi apenas testemunha; e, também de fato, quem se casou foram os noivos.
Ainda assim, afirmações como “O padre Sicrano casou a Fulana e o Beltrano” não estão erradas.
É que o verbo “casar” não tem somente um significado.

O dicionário

Para ficarmos só nos dicionários da língua portuguesa que podem ser consultados gratuitamente via internet e que são reconhecidos como fontes confiáveis, o Aulete e o Priberam mencionam, respectivamente, sete e quatro significados do verbo “casar” – sendo que ambos os dicionários citam o de “unir(se) em matrimônio” como um dos significados primários. O Aulete exemplifica:
Aquele padre já casou muita gente. Ela vai (se) casar com Bruno. Nós nos casamos em março. Ele ainda não casou. Casei-me há dois meses.
Ou seja, a frase “O padre Sicrano casou a Fulana e o Beltrano” é um exemplo de português perfeitamente correto.
Se a maioria dos católicos não compreende que o padre Sicrano não foi o ministro do sacramento, mesmo tendo sido ele quem casou o noivo e a noiva, aí já entramos em outra discussão – e a culpa dessa falta de entendimento não é do verbo casar, mas da má catequese oferecida aos católicos em grande parte das paróquias.

A lógica

Já que enveredamos pelo mundo fascinante da linguagem humana e dos seus matizes, não custa aproveitar para recordar a importância de se distinguir entre o termo e os conceitos que um termo pode indicar. Esta distinção é um dos pilares da lógica desde os tempos de Aristóteles (e compreendê-la eliminaria uma quantidade incalculável de bate-bocas desnecessários).
Vamos usar um exemplo simpático: no Brasil, o termo “gato” se refere primariamente a uma espécie de felino, que é o macho da gata e o pai dos gatinhos; mas também pode se referir a uma instalação clandestina de energia elétrica ou de TV por assinatura, além de ser ainda uma gíria que significa “homem bonito”. Ou seja, um mesmo termo, “gato”, pode indicar (pelo menos) três conceitos que nada têm a ver um com o outro: é o contexto o que deixará claro qual é o sentido que se pretende dar ao termo em cada caso – e sem que isto cause maiores dramas.
No universo católico, o verbo “consagrar” é um exemplo clássico de termo que pode apontar para diversos conceitos diferentes, ainda que relacionados por analogia. O seu significado original é o de “tornar sagrado”. No entanto, esse mesmo termo também costuma ser usado no sentido de “dedicar”, “oferecer”, “devotar”. Se alguém diz que “consagrou a sua família a Nossa Senhora”, evidentemente não está querendo dizer que tornou sagrada a sua família do mesmo jeito que um sacerdote consagra um altar, e, muito menos, do mesmo jeito que Jesus consagrou a Eucaristia.

O bom senso

No tocante às já “consagradas” conotações populares do verbo “casar”, a legítima preocupação católica não deveria ser a de impor restrições improcedentes (e até ingênuas) à extensão e ao significado do termo, mas sim a de esclarecer os conceitos doutrinais envolvidos nele.
Quando se entende quem são os ministros deste sacramento, não há nenhum grave problema com o emprego do verbo “casar” na conotação de “ser o sacerdote que preside a cerimônia religiosa na qual um homem e uma mulher ministram a si próprios o sacramento do matrimônio”. Aliás, além do português, esta conotação é tão comum no espanhol que o próprio Papa Francisco a usou com este mesmo sentido, sem que nenhum teólogo sério se prontificasse a condená-lo por heresia.
Fonte: Aleteia


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

PAPA FRANCISCO REALIZA 22a. VIAGEM INTERNACIONAL DE SEU PONTIFICADO


Programação intensa marca primeiro dia do Papa no Chile

Autoridades, missa campal, visita à prisão feminina e encontro com religiosos e bispos na Catedral compõem a terça-feira de Francisco em Santiago.

Cidade do Vaticano –
O Papa Francisco já está no Chile. Depois de 15 horas de voo, o avião com a bordo o Pontífice aterrissou por volta das 1915 (hora local) no aeroporto de Santiago.
Ao descer da aeronave, Francisco recebeu um pequeno maço de flores de duas crianças e foi acolhido pela presidente chilena, Michelle Bachelet. Da pista do aeroporto, em carro fechado, o Papa seguiu em direção ao túmulo de Dom Enrique Alvear Urrutia, conhecido como o “bispo dos pobres”.
Foi o primeiro “ato” do Pontífice e a primeira modificação do programa pré-estabelecido.
Bispo dos pobres
Na paróquia San Luis Beltran, di Pudahuel, o Papa se deteve em oração diante do túmulo do bispo salesiano que morreu em 1982. Dom Alvear foi Arcebispo de Santiago. O Papa João XXIII o criou cardeal em 1962. Entre 1962 e 1965 participou do Concílio Vaticano II. Durante o seu episcopado, foi incansável defensor dos direitos humanos violados sistematicamente no seu país depois de 1973.
Sob a sua inspiração e direção, nasceu em 1976 a “Vicaria de la Solidaridad”, um refúgio para as vítimas das violações dos direitos humanos, aos quais era oferecido proteção jurídica e assistência médica.
Ao deixar a paróquia, o Santo Padre seguiu de carro fechado até o cruzamento da rua Brasil com a Avenida Libertador Bernardo O’Higgins, onde subiu a bordo do papamóvel até chegar à Nunciatura. No trajeto, foi saudado por milhares de chilenos, no primeiro contato com a multidão.
Transmissões ao vivo
A programação nesta terça-feira será intensa para o Papa. O dia começa com o encontro com as autoridades, a sociedade civil e o Corpo Diplomático no Palácio “La Moneda”. Depois, será a vez de celebrar a primeira missa no Parque O’Higgins. Na parte da tarde, Francisco visita o Centro Penitenciário Feminino de Santiago e, na Catedral, se encontra com sacerdotes, religiosos e religiosas, consagrados e seminaristas. O último evento previsto é o encontro com os bispos na sacristia da Catedral. Todos estes eventos serão transmitidos ao vivo pelo Vatican News com comentários em português.
Brasil
No trajeto de Roma que o levou ao Chile, o avião papal sobrevoou o território brasileiro.E como prevê o protocolo, o Papa envia um telegrama ao presidente do país.A Michel Temer, Francisco faz seus melhores votos, assim como a todos os cidadãos brasileiros, garantindo suas orações pela paz e a prosperidade do Brasil.
Programa a ser cumprido pelo Papa no Chile e no Peru

CHILE


Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
ROMA – SANTIAGO


8h – Partida do Aeroporto de Roma/Fiumicino para Santiago
20h10 – Chegada ao Aeroporto Internacional de Santiago
Cerimônia de boas-vindas
21h – Chegada do Santo Padre à Nunciatura Apostólica

Terça-feira, 16 de janeiro de 2018


SANTIAGO


8h20 – Encontro com as Autoridades, com a Sociedade Civil e com o Corpo Diplomático no Palácio de la Moneda
9h – Visita de cortesia à Presidente no Salão Azul do Palácio de la Moneda
10h30 – Santa Missa no Parque O’Higgins
16h – Breve visita ao Centro Penitenciário Feminino de Santiago
17h15 – Encontro com os Sacerdotes, Religiosos, Religiosas, Consagrados e Seminaristas na Catedral de Santiago
18h15 – Encontro com os Bispos na Sacristia da Catedral
19h15 – Visita privada ao Santuário de São Alberto Hurtado, SJ
Encontro privado com os sacerdotes da Companhia de Jesus

Quarta-feira, 17 de janeiro de 2018


SANTIAGO-TEMUCO-SANTIAGO


8h – Partida do Aeroporto de Santiago para Temuco
10h30 – Santa Missa no Aeroporto de Maquehue
12h45 – Almoço com alguns habitantes de Araucanía na Casa “Madre de la Santa Cruz”
15h30 – Partida do Aeroporto de Temuco para Santiago
17h – Chegada a Santiago
17h30 – Encontro com os jovens no Santuário de Maipu
18h30 – Deslocamento em automóvel até a Pontifícia Universidade Católica do Chile
19h – Visita à Pontifícia Universidade Católica do Chile

Quinta-feira, 18 de janeiro de 2018


SANTIAGO-IQUIQUE-LIMA


8h05 – Partida do Aeroporto de Santiago para Iquique
10h35 – Chegada ao Aeroporto Internacional de Iquique
11h30 – Santa Missa no Campus Lobito
14h – Almoço com a Comitiva Papal na “Casa de retiros do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes” dos Padres Oblatos
16h45 – Deslocamento para o Aeroporto de Iquique
Cerimônia de despedida
17h05 – Partida do Aeroporto de Iquique para Lima

PERU


17h20 – Chegada ao Aeroporto de Lima
Cerimônia de boas-vindas

Sexta-feira, 19 de janeiro de 2018


LIMA-PUERTO MALDONADO-LIMA


8h30 – Viagem de avião de Lima para Puerto Maldonado
10h15 – Chegada ao Aeroporto de Puerto Maldonado
10h30 – Encontro com os Povos da Amazônia no Centro Regional Madre de Dios (Discurso do Papa)
11h30 – Encontro com a população no Instituto Jorge Basadre
12h15 – Visita às crianças do Lar Principio
13h15 – Almoço com os representantes dos povos da Amazônia no Centro Pastoral Apaktone
14h35 – Viagem em avião até Lima
16h10 – Chegada ao Aeroporto de Lima
16h20 – Visita à Capela da Base Aérea
16h45 – Encontro com as Autoridades, com a Sociedade Civil e com o Corpo Diplomático no Pátio de Honra (Discurso do Santo Padre)
17h15 – Visita de cortesia ao Presidente no Salão dos Embaixadores do Palácio do Governo
15h55 – Encontro privado com os membros da Companhia de Jesus na igreja de São Pedro

Sábado, 20 de janeiro de 2018


LIMA-TRUJILLO-LIMA


7h40 – Partida do Aeroporto de Lima para Trujillo
9h10 – Chegada ao Aeroporto de Trujillo
10h – Santa Missa na esplanada litorânea de Huanchaco
12h15 – Passeio no papamóvel pelo bairro “Buenos Aires”
15h – Breve visita à Catedral
15h30 – Encontro com os Sacerdotes, Religiosos, Religiosas e Seminaristas das Circunscrições Eclesiásticas do Norte do Peru no Colégio Seminário
SS. Carlos e Marcelo
16h45 – Celebração Mariana à Virgen de la Puerta na Praça das Armas
18h15 – Viagem de avião para Lima
19h40 – Chegada ao Aeroporto de Lima

Domingo, 21 de janeiro de 2018


LIMA- ROMA


9h15 – Oração da Hora Média com as Religiosas de vida contemplativa no Santuário do Senhor dos Milagres
10h30 – Oração junto às Relíquias dos Santos peruanos na Catedral de Lima
10h50 – Encontro com os Bispos no Palácio Arcebispal
12h – Angelus na Praça das Armas
12h30 – Almoço com a Comitiva Papal na Nunciatura Apostólica
16h15 – Santa Missa na base Aérea “Las Palmas”
18h30 – Chegada ao aeroporto
Cerimônia de despedida
18h45 – Partida do Aeroporto de Lima para Roma/Ciampino
Segunda-feira, 22 de janeiro de 2018


ROMA


14h15 – Chegada ao aeroporto de Roma/Ciampino

Fonte: Vatican News / Canção Nova 


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

ONDE ESTÃO AS RELÍQUIAS DOS TRÊS REIS MAGOS?


Conheça a intrigante história dos três personagens mais polêmicos do Novo Testamento (e a catedral alemã que supostamente guarda seus restos mortais)


É possível que os ossos dos reis magos descansem em um túmulo dourado na maior catedral gótica da Europa? Uma antiga tradição relata a história de como os corpos dos magos que visitaram o Menino Jesus terminaram sua viagem encontrando repouso na catedral de Colônia, na Alemanha.

A história se encontra no livro do século XIV, de John of Hildesheim, “Historia Trium Regum” (“História dos três reis”). John afirma que Baltasar, Melchior e Gaspar eram da Índia, Pérsia e Caldeia (atualmente Irã e Iraque). Iniciaram sua viagem de forma separada, se reuniram em Jerusalém e depois continuaram juntos até Belém. Depois de adorar Jesus, voltaram juntos à Índia, onde construíram uma igreja e, após uma visão que lhes revelou que sua vida terrena estava a ponto de terminar, faleceram ao mesmo tempo e foram enterrados em sua igreja na Índia.

Duzentos anos mais tarde, segundo o autor, Santa Helena, mãe do imperador Constantino, viajou à Índia e recuperou seus corpos. Depositou-os em um túmulo belíssimo e o colocou na grande igreja de Santa Sofia, em Constantinopla. No final do século VI, o imperador Maurício transportou as relíquias à cidade italiana de Milão.

No século XII, a cidade de Milão se rebelou contra o imperador e este recorreu ao arcebispo de Colônia, que recuperou Milão para o imperador. Como gesto de gratidão, o imperador transferiu as relíquias ao arcebispo, que as levou a Colônia, onde mais tarde se construiria uma catedral gótica para honrá-los. Os ossos estão lá atualmente, dentro de um belo relicário de ouro.

Em 1864, o relicário foi aberto e descobriram os esqueletos de três homens. É possível que estes sejam os restos dos três reis magos que adoraram Jesus, ou seriam apenas três esqueletos anônimos que se fizeram passar pelos magos no início da Idade Média?

Há algumas pistas intrigantes. Um esqueleto pertence a um homem jovem, outro a um homem de meia-idade e outra a um idoso. Um mosaico do século VI em Ravena, que representa os três magos, mostra precisamos homens com estas características. Este detalhe coincide, mas o que acontece com o resto da história.

O relato de John of Hildesheim sobre a origem dos reis magos se baseia em lendas anteriores, dos séculos V e VI. Ao pesquisar sobre a história dos reis magos, é possível encontrar abundantes histórias locais e lendas da Idade Média que chegam à Pérsia, Índia e até China. Brent Landau, erudito do Novo Testamento, traduziu um manuscrito sírio do século VIII que ele considera ter sua origem em tradições muito anteriores.

No entanto, a investigação de Landau só destaca a existência de numerosas e diferentes versões da história dos magos no começo da Idade Média. Cada lenda fala de um lugar de origem e dá um nome diferente aos reis. De todos os personagens do Novo Testamento, os mais polêmicos são os reis magos, pelas histórias, lendas e mitos milagrosos sobre eles. Todos os antigos cristãos do Paquistão, China, Etiópia, Pérsia e Ásia Central garantem ser descendentes deles.

De fato, não temos praticamente nenhuma evidência específica arqueológica ou textual que explique quem eram os reis magos nem de onde eles vinham. O Evangelho de Mateus narra somente que “chegaram do Oriente”, enquanto os primeiros críticos das Escrituras diferem. Alguns sugerem que os magos vinham da Pérsia, outros dizem que eram judeus do Iêmen, e alguns ainda afirmam que os magos eram da Arábia.

Então, o túmulo da catedral de Colônia tem ou não tem os ossos dos três reis magos? É quase certo que não. No entanto, esses esqueletos nos conectam, sim, com o remoto século VI, e com o intrincado tapete de histórias medievais sobre as mais misteriosas figuras do Novo Testamento.

Moral da história: o relicário e a catedral de Colônia permanecem como um enriquecedor testemunho do poder e da inspiração da história de três misteriosos reis magos que abandonaram tudo para embarcar em uma longa e árdua viagem para encontrar Jesus Cristo. E, se eles se aventuraram de tal maneira para descobrir a luz do mundo, nós faríamos muito bem em seguir seu exemplo.

Fonte: Aleteia

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

NOVELA "APOCALIPSE" DA TV RECORD QUE ATACOU A IGREJA CATÓLICA PERDEU QUASE TODOS OS PATROCINADORES


A telenovela “Apocalipse” estreou no Brasil no dia 21 de novembro de 2017 prometendo repercussão e altos índices de audiência. Focada em atacar a Igreja Católica e vinculá-la ao anticristo, a trama foi perdendo telespectadores capítulo após capítulo – e agora perde também patrocínios.

A emissora que a produz é a TV Record, de propriedade de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. Essa entidade está sendo investigada em Portugal devido a gravíssimas acusações de tráfico internacional de crianças – uma notícia que tem sido abafada pela mídia brasileira, apesar do seu enorme impacto em terras portuguesas. Para saber mais sobre este assunto, confira a matéria “Igreja de Edir Macedo acusada de tráfico internacional de crianças em Portugal“.

Quem são (ou foram) os maiores patrocinadores de “Apocalipse

De acordo com o site O TV Foco, a novela começou sob o patrocínio de quatro grandes marcas:
  • Protex (Colgate-Palmolive)
  • Elseve (L’Óreal)
  • Seara
  • Caixa Econômica Federal
Observe-se que a Caixa Econômica Federal é uma empresa pública brasileira.

A propósito dessas marcas e do tipo de conteúdo que estão ou estiveram patrocinando, o leitor católico tem sido incentivado por diversas campanhas nas redes sociais a tomar as decisões que julgar adequadas perante a sua consciência, já que, ao gastar dinheiro com elas, estaria ajudando a financiar as causas que elas apoiam.

Sempre de acordo com o TV Foco, apenas a marca Protex permanece como patrocinadora de “Apocalipse” neste início de 2018, quando a audiência da telenovela está entre as piores da emissora de Edir Macedo.

Audiência ladeira abaixo

“Apocalipse” tem perdido a guerra da audiência para as tramas infantis do SBT e até mesmo para reprises de novelas antigas da própria Record.

Segundo os números medidos pelo Painel Nacional de Televisão (PNT) entre 18 e 24 de dezembro, por exemplo, a reprise de “Ribeirão do Tempo” conseguiu 7 pontos de média e 25% de participação no total de televisores ligados durante aquele horário, enquanto “Apocalipse” marcou 6 pontos de média e 13% de participação. Esta média é a mesma das reprises de “Os Dez Mandamentos” e “Bicho do Mato“, que, no entanto, derrotaram a novela inédita por terem conseguido 15% e 20% de participação, respectivamente.

Para saber mais sobre os ataques de “Apocalipse” contra a Igreja, confira também:

Sites de TV: telenovela “Apocalipse” ataca Igreja católica e fracassa na audiência

Reprodução via site TV em Foco

Fonte: Aleteia

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

QUANDO CAEM AS SOLENIDADES MÓVEIS DO CALENDÁRIO LITÚRGICO DE 2018?


Programe-se e não perca as celebrações

O ano litúrgico é considerado o “calendário religioso”. Através deles, os fiéis recordam, anualmente, o mistério da Salvação. O calendário, que não é o mesmo do ano civil, contém as datas das solenidades, que podem ser fixas ou móveis. As datas móveis são definidas depois que a Igreja determina a data do Tríduo Pascal.

O Carnaval, apesar de ser uma festa pagã, muda de data todos os anos por causa do calendário eclesiástico e é sempre comemorado sete domingos antes do Domingo de Páscoa. As festas são permitidas até a quarta-feira de cinzas, quando tem início a Quaresma, tempo de 40 dias de jejum e abstinência em preparação à festa da Páscoa, ou seja, data em que celebramos a Ressurreição de Cristo.


Confira quando caem as solenidades móveis em 2018:

– Quarta-feira de Cinzas: 14 de fevereiro
– Sexta-feira da Paixão: 30 de março
– Domingo de Páscoa: 1.º de abril
– Ascensão: 13 de maio
– Pentecostes: 20 de maio
– Corpus Christi: 31 de maio
– Primeiro domingo do Advento: 02 de dezembro


Festas fixas

Festas fixas são aquelas cujas datas de comemoração não variam, permanecem sempre imutáveis conforme estabelece o Calendário Romano Geral. São tipificadas por festa ou solenidade. Como exemplo, podemos citar: as datas de celebrações dos santos, a Epifania, Transfiguração do Senhor, o Natal, o Dia de Todos os Santos, a Assunção de Nossa Senhora etc.

Fonte: Aleteia