sábado, 28 de fevereiro de 2015


SANTOS ROMÃO E LUPICINO - IRMÃOS PEREGRINOS


Hoje, 28 de fevereiro, a Igreja nos apresenta, São Romão e São Lupicino. Os irmãos, apaixonados pelos Padres do deserto, fundaram mosteiro baseado nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.

São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.
Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.
Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.
Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.
O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.

Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

CINCO SANTOS DA IGREJA CATÓLICA QUE TINHAM SUPERPODERES

Deus age de maneiras misteriosas. Esta verdade se faz particularmente evidente nas coisas que ele faz com aqueles que estão especialmente próximos a ele.

Aqui estão alguns santos que tiveram superpoderes:



1) São José Cupertino: Levitação



Chamado de “o santo voador”, não estamos falando sobre algumas historias em que São José Cupertino tenha voado de maneira privada ou para algumas pessoas. Estamos falando sobre ele regularmente voar em frente a grandes grupos de pessoas.

Fosse durante a Missa, Liturgia das Horas, ou apenas durante a menção do nome de Jesus ou de um santo, José podia involuntariamente entrar êxtase e começar a levitar. Isso aparentemente aconteceu uma vez durante uma procissão publica em frente toda a cidade, e durante uma audiência do Papa.

Sua constante e incontrolável levitação na ocasião se tornou um problema. Seus superiores consideravam o fenomeno perturbador. Ao final de sua vida, ele foi transferido para diferentes mosteiros e permaneceu em celas particulares.

Mas ele continuava a levitar ao nome de Jesus de qualquer maneira…



2) Christina the Astonishing: 

Indestrutibilidade




Embora ela não seja oficialmente canonizada pela Igreja, era considerada uma santa durante toda a sua vida (séculos 12 e 13), e tem algumas histórias bem interessantes apesar de tudo, as quais demonstram basicamente que ela era indestrutível.

Pra começar, ela aparentemente morreu de um infarto por volta dos vinte anos de idade. Seu corpo foi preparado para o enterro e um funeral foi realizado, mas no meio do funeral ela se levantou, cheia de energia. Ela disse que teve uma experiência sobrenatural do paraíso, inferno, e purgatório. Ela disse à sua família e amigos que a única razão pela qual ela havia retornado era para sofrer pelo alívio dos que estão no purgatório e pela conversão dos pecadores ainda na terra.

Foi quando ela começou a fazer algumas coisas muito intensas.

Primeiro, ela jejuou e privou-se de quaisquer confortos corporais de forma muito severa. Mas isso não foi suficiente. Ela também se jogava regularmente em fornos ardentes, mas saia deles sem queimaduras. No auge do inverno, ela ia nadar em um rio congelado proximo, as vezes permanecendo nas aguas por dias ou mesmo semanas a cada vez. As vezes, ela se permitia ser sugada por um moinho criado no rio e ser girada em volta dele. Ela também se permitia ser atacada por cães, ou correr entre espinhos. Mas mesmo com todas estas coisas, ela sempre saia ilesa.

E não obstante tudo isso, ela viveu até os 74 anos de idade.



3) Santa Catarina de Alexandria:

 Poder da Persuasão




Santa Catarina foi uma princesa no Egito no terceiro século e recebeu uma boa educação. Embora tenha nascido como uma pagã, quando era uma adolescente pediu para que a Santíssima Virgem Maria aparecesse para ela, disse a ela que havia se casado com Cristo em um casamento místico, e se converteu à fé cristã.

Logo depois, ela teve uma audiência pessoal com o Imperador Romano Maxêncio e tentou convence-lo a parar a perseguição aos Cristãos. O imperador trouxe os seus melhores filósofos e retóricos para debater com Catarina – mas, incrivelmente, ela venceu o debate. Alguns dos seus interlocutores ficaram tão impressionados, que se converteram ao Cristianismo.

Furioso, o imperador a aprisionou. Mas seu poder de persuasão continuou na prisão. Entre aqueles que ela conheceu na prisão e aqueles que a visitaram, 200 pessoas foram convertidas através da sua evangelização. Quando ela se negou a parar de converter pessoas à fé cristã apesar de estar sendo torturada, o imperador tentou persuadi-la a parar pedindo para que ela se casa-se com ele. Ela se recusou, e ele a sentenciou à morte.



4) São Vicente Ferrer: Trazendo pessoas 

de volta dos mortos




São Vicente Ferrer é mais conhecido por seu trabalho missionário, pregação, e teologia. Mas ele tinha uma habilidade sobrenatural bastante surpreendente: ele podia trazer pessoas de volta da morte. E ele aparentemente fez isso em muitas ocasiões.

De acordo com uma história, São Vicente entrou em um igreja com um cadaver dentro. Na frente de um número de testemunhas, São Vicente simplesmente fez o sinal da cruz sobre o cadáver, e a pessoa voltou à vida.

Em uma história particularmente impressionante, São Vicente se deparou com uma procissão para um certo homem ser executado por enforcamento por ter cometido um grave crime. De alguma forma, São Vicente soube que a pessoa era inocente, e ele a defendeu perante as autoridades, mas sem sucesso. Coincidentemente, um cadaver estava sendo carregado por uma maca. Vicente perguntou ao cadaver, “Este homem é culpado? Me responda!” O homem morto imediatamente voltou à vida, sentou-se, e disse, “Ele não é culpado!” O homem então deitou-se novamente na maca. Quando Vicente ofereceu ao homem uma recompensa por ajudar a reivindicar o homem inocente, o homem disse, “Não, Padre, eu já estou certo da minha salvação.” E então ele morreu novamente logo após.



5) São Padre Pio: Super poderes 





Um famoso santo que viveu no século 20, São Padre Pio teve cada super poder que você pode pensar: há alegações de que ele podia se bi-locar (estar em mais de um lugar ao mesmo tempo), ler a mente das pessoas (normalmente nas confissões – ele era Padre), levitar, e curar pessoas doentes.



Em uma história, um matemático profissional estava confessando seus pecados ao Padre Pio no seu confessionário, mas de fato não disse ao Padre Pio que ele era um matemático. Quando ele estava um pouco confuso sobre quantas vezes havia cometido um pecado específico, Padre Pio respondeu firmemente: “Você é um matemático, saia do confessionário e volte quando souber quantas vezes você fez aquilo.”

Em 1950, Padre Pio foi visto atendendo ao funeral de um monge em Milwaukee, Wisconsin – mas sem nunca ter saído do seu próprio mosteiro na Itália. Em relação a sua habilidade de se bi-locar, uma pessoa contou que Padre Pio uma vez disse, “Eu posso fazer três coisas ao mesmo tempo: rezar, confessar, e ir ao redor do mundo.”


Fonte: ChurchPOP

SÃO GABRIEL DAS DORES - DEVOTO DA VIRGEM MARIA



Grande devoto da Virgem Maria, São Gabriel das Dores foi dócil ao deixar tudo e assumir sua vocação

Hoje, 27 de fevereiro, a Igreja celebra: São Gabriel das Dores. Nascido a 1838 em Assis, na Itália, dentro de uma família nobre e religiosa, recebeu o nome de batismo Francisco, em homenagem a São Francisco.

Na juventude andou desviado por muitos caminhos, e era dado a leitura de romances, festas e danças. Por outro lado, o jovem se sentiu chamado a consagrar-se totalmente a Deus, no sacerdócio ministerial. Mas vivia ‘um pé lá, outro cá’. Ou seja, nas noitadas e na oração e penitência.

Aos 18 anos, desiludido, desanimado e arrependido, entrou numa procissão onde tinha a imagem de Nossa Senhora. Em meio a tantos toques de Deus, ouviu uma voz serena, a voz da Virgem Maria, que dizia que aquele mundo não era para ele, e que Deus o queria na religião.

Obediente a Santíssima Virgem, na fé, entrou para a Congregação dos Padres Passionistas. Ali, na radicalidade ao Evangelho, mudou o nome para Gabriel, e de acordo também com a sua devoção a Nossa Senhora, chamou-se então: Gabriel da Dores.

Antes de entrar para a Congregação, já tinha a saúde fraca, e com apenas 23 anos partiu para a glória, deixando o rastro da radicalidade em Deus.

Em meios as dores, São Gabriel viveu o santo Evangelho.

São Gabriel das Dores, rogai por nós!


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015



SÃO PORFÍRIO - O PRIMEIRO BISPO DE GAZA


Hoje, 26 de fevereiro, a Igreja nos apresenta, São Porfírio. Ele nos deixou um testemunho de fé e caridade, que precisam ter uma ressonância dentro e fora da Igreja.
Nascido do ano de 353 em Tessalônica da Macedônia, Porfírio foi muito bem formado pelos seus pais, numa busca de piedade e vontade de Deus. Com 25 anos foi para o Egito, onde viveu a austeridade. Depois, seguiu para a Palestina, vivendo como eremita por 5 anos. Devido a uma enfermidade seguiu para Jerusalém, onde se tratou.
São Porfírio percebia que faltava algo. Ele tinha herdado uma grande fortuna, e já tendo discípulos – que vendo a ele seguir a Cristo, também quiseram seguir nosso Senhor nos passos dele – ele ordenou que esses discípulos fossem para Tessalônica e vendessem todos os bens. Ele então, pôde dar tudo aos pobres.
Ele estava muito doente, mas através de uma visão, o Senhor o curou. Mais tarde, passou a trabalhar para ganhar o ‘pão de cada dia’, sempre confiando na Divina Providência.
O Patriarca de Jerusalém o ordenou sacerdote, e depois Bispo em Gaza, tendo grande influência politica e na religiosidade de todo o povo. Por meio do Espírito Santo e das autoridades, conseguiu que os templos pagãos fossem fechados, e os ídolos destruídos. Não para acabar com a religiosidade, mas para apontar a verdadeira religião: Nosso Senhor Jesus Cristo, único Senhor e Salvador.
Faleceu no século V, deixando-nos esse testemunho: nossa fé, nossa caridade, precisam ter uma ressonância dentro e fora da Igreja, para a glória de Deus e Salvação de todas as pessoas.
São Porfírio, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A SEMANA DO PAPA DE 16 A 22 DE FEVEREIRO/2015

Dia 16
Na segunda-feira dia 16 de fevereiro o Papa Francisco afirmou que “o crescente número de pobres interpela-nos e exige um maior impulso de solidariedade”. Esta sua declaração ocorreu numa audiência concedida pelo Santo Padre no Vaticano à associação "Pro Petri Sede". O Papa também assinalou na ocasião que na Quaresma os cristãos são chamados a dedicarem-se aos outros, especialmente aos que passam por privações.
Dia 17
Na terça-feira dia 17 o Papa Francisco ofereceu a Missa em Santa Marta pelos cristãos coptas assassinados às mãos dos ativistas do auto proclamado Estado Islâmico. Que o Senhor os acolha como mártires – afirmou o Santo Padre nomeando na sua mensagem Tawadros II – Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa.
“Ofereçamos esta Missa pelos nossos 21 irmãos coptas, decapitados apenas pelo motivo de serem cristãos. Rezemos por eles, que o Senhor os acolha como mártires, pelas suas famílias, pelo meu irmão Tawadros, que sofre tanto.”
Também no dia 17 o Papa Francisco publicou a mensagem para o Dia Mundial da Juventude que se celebra a nível diocesano no Domingo de Ramos. Na sua mensagem o Santo Padre exorta os jovens a não banalizarem o amor, sobretudo quando se procura reduzi-lo apenas ao aspeto sexual, desvinculando-o das suas características essenciais de beleza, comunhão, fidelidade e responsabilidade.
Dia 18
Quarta-feira de Cinzas, 18 de fevereiro, na Audiência Geral o Papa Francisco propôs uma catequese sobre os irmãos:
“Irmão, irmã são palavras que o cristianismo ama muito. E, graças à experiência familiar, são palavras que todas as culturas e todas as épocas compreendem.”
O Santo Padre prosseguindo com a catequese sobre a família, recordou, antes de mais, o exemplo bíblico negativo de Caim e Abel e convidou-nos a pensar nos irmãos e irmãs afirmando que “a educação para a abertura aos outros a partir do vínculo de fraternidade entre os filhos do mesmo tronco familiar é a grande escola de liberdade e de paz.”
Nem sempre se pensa nesta dimensão – continuou o Papa Francisco – mas é precisamente a família que introduz a fraternidade no mundo: partindo desta primeira experiência, o estilo da fraternidade irradia como uma promessa para toda a sociedade e para as relações entre os povos.
“Ter um irmão ou uma irmã que gosta de ti, é uma experiência forte, impagável, insubstituível.”
No final da audiência o Papa Francisco lançou um apelo à oração pelos irmãos egípcios mortos nos últimos dias na Líbia:
“Gostaria de convidar ainda a rezar pelos nossos irmãos egípcios que, há três dias atrás, foram mortos na Líbia pelo simples facto de serem cristãos. O Senhor os acolha na sua casa e dê conforto às suas famílias e às suas comunidades. Rezemos pela paz no Médio Oriente e no Norte de África, recordando todos os defuntos, os feridos e os refugiados. Possa a Comunidade Internacional encontrar soluções pacíficas à difícil situação na Líbia.”
Na tarde de quarta-feira, dia 18 de fevereiro, o Papa Francisco presidiu à Missa com o rito da bênção e imposição das cinzas na Basílica de Santa Sabina em Roma.
Na sua homilia o Santo Padre afirmou que a Quaresma é o “tempo em que buscamos unir-nos mais estreitamente ao Senhor Jesus Cristo para partilhar o mistério da sua paixão e da sua ressurreição” – disse o Papa Francisco que acentuou ser a Quaresma um tempo de conversão interior e exortou, especialmente os ”sacerdotes", a pedirem neste início de Quaresma o dom das lágrimas, “de modo a tornar a oração e o caminho de conversão sempre mais autêntico e sem hipocrisia:
"Vai fazer bem a todos, mas especialmente a nós sacerdotes, no início desta Quaresma, pedir o dom das lágrimas, para tornar a nossa oração e o nosso caminho de conversão sempre mais autênticos e sem hipocrisia. Vai fazer bem perguntarmo-nos: "Eu choro? O Papa chora? Os cardeais choram? Os bispo choram? Os consagrados choram? Os sacerdotes choram? O choro está nas nossas orações?”
Dia 19
Quinta-feira, 19 de fevereiro – Feliz o homem que confia no Senhor – foi o que afirmou o Papa Francisco na sua homilia na Missa na Casa de Santa Marta. No centro da reflexão do Santo Padre a Leitura do Livro do Deuteronómio, em que Deus diz a Moisés: “Repara que coloco hoje diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal. Assim, ordeno-te hoje que ames o Senhor, teu Deus, que andes nos seus caminhos…”
“Um caminho errado é o de procurar sempre o próprio sucesso, os próprios bens, sem pensar no Senhor e sem pensar na família.”
Uma pessoa pode ganhar tudo, mas no final, pode-se tornar num fracassado e aquela vida torna-se numa falência, pois não soube escolher entre a vida e a morte – afirmou o Santo Padre que sublinhou esta frase do Salmo 1: ‘Feliz o homem que confia no Senhor’.
Dia 20
No dia 20, sexta-feira, o Papa Francisco recebeu os bispos da Ucrânia presentes no Vaticano em visita Ad Limina Apostolorum e nas palavras que lhes dirigiu o Santo Padre recordou a situação de grave conflito que vive este país e que se está a arrastar já por vários meses continuando a ceifar muitas vidas inocentes e a causar grandes sofrimentos a toda a população. O Papa disse aos bispos para procurarem a “paz possível”.
Na Missa em Santa Marta, na sexta-feira, o Papa Francisco afirmou que jamais se pode usar Deus para cobrir a injustiça e exortou os cristãos a serem coerentes:
Segundo o Santo Padre, os cristãos, especialmente na Quaresma, são chamados a viver coerentemente o amor a Deus e o amor ao próximo. E devem recusar condutas meramente exteriores que servem para cobrir a injustiça:
“Quantos homens e mulheres têm fé mas dividem as tábuas da lei: ‘Sim, eu faço isso... mas tu dás esmola? Sim, sim, sempre mando um cheque para a Igreja. Ah, então está bem... Mas na tua Igreja, na tua casa, com quem depende de ti: filhos, avós, funcionários, tu és generoso, és justo? Não se pode fazer ofertas à Igreja e pelas costas, ser injusto com os teus funcionários. Este é um pecado gravíssimo: usar Deus para cobrir a injustiça”. 
Dia 21
No sábado dia 21 o Papa Francisco recebeu em audiência a Chanceler alemã Angela Merkel com quem falou sobre a luta à pobreza. No final da manhã o Santo Padre recebeu na Sala Paulo VI uma delegação da Diocese italiana de Cassano allo Jonio. Na ocasião afirmou que os cristãos não podem fazer “gestos de violência contra os outros e contra o ambiente”, numa clara alusão à máfia calabresa.
Dia 22
No Angelus na Praça de S. Pedro, neste Primeiro Domingo da Quaresma o Papa Francisco afirmou que este é um tempo de luta contra as insídias do demónio e desta luta nasce a conversão dos corações. O Papa pediu as orações de todos para os seus exercícios espirituais e da Cúria Romana que se iniciaram neste domingo na Casa do Divino Mestre em Ariccia. A seguir à oração do Angelus o Papa fez distribuir aos presentes um pequeno livrinho de bolso para a reflexão pessoal na Quaresma. As cerca de 50 mil cópias do livro “Guardar o coração” foram distribuídas aos fiéis por pessoas sem-abrigo. Trata-se de um livro para ajudar os cristãos a guardarem o lugar do Espírito Santo que é o coração. Para tal o Santo Padre nesta Quaresma recomenda um exame de consciência diário que seja um momento para estar em silêncio consigo próprio e com Deus.
E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 16 a 22 de fevereiro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)
(from Vatican Radio)

EM CUBA 90 CATÓLICOS SÃO DETIDOS E IMPEDIDOS DE IREM À MISSA


HAVANA, 24 Fev. 15 / 03:14 pm (ACI/EWTN Noticias)
A União Patriótica de Cuba (UNPACU), denunciou que durante este fim de semana foram presos 200 opositores em diversas partes do país, 90 dos quais foram detidos em Santiago de Cuba e Cienfuegos para que não possam participar da Missa.
 
Em uma nota enviada ao Grupo ACI, a UNPACU informou que cem prisões ocorreram em Havana, 90 em Santiago de Cuba, 17 em Santa Clara, cinco em Cienfuegos e quatro em Holguín.
 
“No Oriente e Cienfuegos as pessoas foram presas a caminho da igreja para participar da Missa. Na capital, a maioria dos ativistas foram presos quando saiam da igreja de Santa Rita, em Miramar, município Playa, em direção a Vedado”, indicou.
 
Nesse sentido, Yriade Hernández Aguilera, coordenador da UNPACU em Santiago de Cuba, disse nesta segunda-feira ao Grupo ACI que a polícia cubana prendeu os 90 ativistas para impedir que assistam à Missa no Santuário da Virgem de Cobre. Estes ficaram presos até cerca de 9am que foi quando a Missa terminou. “Depois foram libertados em diferentes partes dos subúrbios da cidade”, indicou.
 
Hernández assinalou que “em geral todos os domingos muitos ativistas da UNPACU são presos por tentarem assistir à Igreja Católica”, ou são impedidos de sair para que não cheguem à igreja.
 
“Essa é mais uma das formas que o regime castrista utiliza para impedir que nós assistamos à Missa simplesmente para escutar a Palavra de Deus. Nós não vamos fazer nada de política, simplesmente queremos assistir à Missa”, expressou.
 
A UNPACU indicou que as prisões dos opositores –pertencentes a vários grupos dissidentes-, começaram na noite do sábado em Santiago de Cuba. Na madrugada e na manhã de domingo continuaram as prisões. “Só 26 ativistas de ambos os sexos chegaram ao templo”, assinalou.
 
Entre os detidos em toda a ilha se encontravam líderes dissidentes como Berta Soler e Guillermo Fariñas, María Cristina Labrada, Antonio Rodiles, José Díaz Silva, entre outros.
 
A UNPACU denunciou que “com este forte aumento nas últimas semanas das detenções arbitrárias, das agressões físicas e da perseguição contra dissidentes pacíficos, o regime castrista deixa claro que não tem a mais mínima intenção de melhorar seu histórico em matéria de direitos humanos”.

Fonte: Acidigital


PAPA FRANCISCO NOMEIA TRÊS NOVOS BISPOS PARA O BRASIL

O papa Francisco nomeou no último dia 24 de fevereiro de 2015, o padre José Aristeu Vieira como bispo da diocese de Luz (MG) (foto, à direita). Atualmente, padre Aristeu exerce a função de pároco da paróquia Imaculada Conceição, em Buritizeiro (MG).
Acolhendo a solicitação do arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Barbosa, o papa também nomeou, como bispo auxiliar da arquidiocese de Campo Grande, frei Janusz Danecki, pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima em Juruá, na Prelazia de Tefé (AM).
Na mesma data, foi nomeado para a diocese de Três Lagoas (MS) o padre Luiz Gonçalves Knupp, atualmente pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Marialva (PR).

Perfil e missão
Padre José Aristeu Vieira é natural de Rio Vermelho (MG), nascido em 14 de julho de 1952. Foi ordenado sacerdote em 13 de outubro de 1979. Em sua trajetória presbiteral de 35 anos, padre Aristeu exerceu diferentes atividades pastorais. Durante 18 anos atuou na Pastoral Vocacional Arquidiocesana. Foi coordenador de pastoral da arquidiocese, coordenador do regional da Pastoral Vocacional do Leste 2 e membro do Grupo de Animação e Reflexão Vocacional (GAV) da CNBB. No período de 2003 a 2006, esteve como presidente da Comissão de Presbíteros no Leste 2. Em 2007, foi eleito membro Permanente do Conselho Geral do Prado, residindo em Lyon, na França até 2013. Atualmente, exerce a presidência da Associação dos presbíteros da Arquidiocese de Diamantina (APAD).

Auxiliar de Campo Grande 
Natural de Sochaczew, na Polônia, frei Janusz Marian Danecki, pertence à Ordem dos Frades Menores Conventuais (OFMConv). Nasceu em 8 de setembro de 1951, Ingressou no Seminário Menor de Niepokalanów aos 14 anos. Foi ordenado presbítero no dia 19 de junho de 1977, em Sochaczew. Por oito anos exerceu o ministério sacerdotal na Polônia, passando por diversas paróquias e também na arquidiocese de Varsóvia até 1984. Desempenhou atividade na Pastoral Vocacional e no Centro Vocacional de Niepokalanów. Em 14 de abril de abril de 1985, foi enviado à Missão de São Maximiliano Maria Kolbe no Brasil.
Na arquidiocese de Brasília e diocese de Luziânia (GO), ocupou a função de pároco em diferentes paróquias. No período d e1987 a 1994, exerceu atividade de formador no Seminário Propedêutico da Ordem dos Frades Menores Conventuais, no Jardim da Imaculada, em Luziânia e no Seminário São Francisco de Assis, em Brasília . Foi diretor Nacional do Movimento Milícia da Imaculada e vigário da Província São Maximiliano Maria Kolbe no Brasil de 2003 a 2007. Em 2008, seguiu para a Missão Franciscana na Amazônia, onde está como paróco, na prelazia de Tefé (AM).

Bispo de Três Lagoas
Padre Luiz Gonçalves Knupp é paranaense, nascido em 29 de novembro de 1967, na cidade de Mandaguari (PR). Sua ordenação presbiteral ocorreu em 24 de abril de 1999. Possui Pós-graduação em Formação de Educadores pela Faculdade Jesuíta de Filosofia de Teologia. Na arquidiocese de Maringá exerceu a função de pároco nas paróquias Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Fátima e paróquia Menino Jesus de Praga e São Francisco Xavier.
Em sua caminhada sacerdotal, exerceu atividade de assessor arquidiocesano da Pastoral da Juventude até 2001, assessor dos diáconos permanentes e organizador e coordenador da Escola Diaconal e diretor Espiritual da Comunidade Emaús, de 2003 a 2004. Também foi diretor Espiritual do Seminário de Teologia Santíssima Trindade, em Londrina (PR), de 2007 a 2013, e membro da equipe de coordenação da Animação Bíblico Catequética do regional Sul 2, no mesmo período. Desde 2013 está como membro da coordenação da Ação Evangelizadora da arquidiocese de Maringá e do Conselho Presbiteral.
Fonte: CNBB

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

FRATERNIDADE - IGREJA E SOCIEDADE


Belo Horizonte (RV) - É tempo da Quaresma, quando os discípulos e discípulas de Jesus são chamados a escutar a Palavra de Deus com redobrada atenção amorosa para alcançar uma qualificação humana e espiritual. Esse percurso educativo é indispensável para a conquista de uma vida mais saudável, construída na justiça como projeto de paz. Trata-se de um aperfeiçoamento que ocorre na interioridade de cada pessoa. Promove a superação de desgastes, sofrimentos e disputas que abatem a condição humana. Perdida a unidade interior, inevitáveis são os comprometimentos na vida cidadã, no testemunho da fé e na conduta individual e comunitária. Crescem os desvarios que ocorrem na sociedade contemporânea, marcada pela iluminação instrumental da razão e pelas possibilidades dos grandes avanços tecnológicos.
De um lado, o espetacular das conquistas e da modernização. Do outro, o cenário injusto da miséria e exclusão de tantos pobres, a vergonha da corrupção, o horror da violência e a superficialidade que a sociedade do descartável alimenta nos corações. É preciso silenciar, escutar com maior acuidade, recuperar o sentido determinante do outro na própria vida, o lugar inigualável de Deus na existência de cada um e no coração da história. Fundamental também é a disposição para remodelar-se, não exteriormente, nas aparências, mas no fundo do coração. A interioridade é o núcleo central de comando ético e moral que sustenta condutas balizadas pela justiça, pelo amor e pela coragem da solidariedade.
Por isso mesmo, a Igreja celebra o tempo quaresmal convidando todas as pessoas a percorrerem esse caminho de quarenta dias para vivenciar, de modo adequado, a Páscoa de Jesus Cristo, o único projeto de verdadeiro resgate e salvação da humanidade. Um tempo para a checagem da qualidade humana e espiritual, na certeza de que é possível encontrar as indicações das mudanças necessárias, capazes de fazer da própria vida uma base fundamental que sustenta a construção de uma sociedade mais justa.
Como ocorre há mais de cinquenta anos, a Igreja no Brasil vivencia o tempo da Quaresma promovendo a Campanha da Fraternidade. O tema e o lema da Campanha em 2015 - “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45) - constituem, neste ano, o horizonte inspirador e de confronto. A indicação da condição de servidor vem do próprio Jesus, o que Ele diz de si mesmo, na obediência amorosa a seu Pai. Trata-se, portanto, de característica inegociável e insubstituível de quem é discípulo de Cristo. Esse serviço é à vida, aos pobres, a cada pessoa, à cultura da paz. Busca a justiça e a superação das exclusões, que perpetuam a violência.
O despertar da consciência de estar a serviço, em nome do Mestre Jesus, em tudo o que se faz - no âmbito profissional, familiar, até naquele da vivência da fé e da disposição ao voluntariado para recuperar e promover a dignidade sagrada de toda pessoa - é o caminho revolucionário que a Igreja sabe que precisa trilhar. Nessa trajetória, a Igreja reconfigurará o seu verdadeiro rosto, superando suas incoerências, considerados os seus funcionamentos e a sua organização interna, particularmente a conduta de seus pastores, ministros e servidores. Essa é a coragem que a própria Igreja precisa revigorar, no mais íntimo de si, conforme indica o Papa Francisco ao dizer: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos”.
A Igreja Católica assume esse desafio em busca de conversão, de respostas novas e adequadas, de olhar para si no contexto da sociedade contemporânea para servir ainda mais, anunciando o Evangelho. Um compromisso com a vida de todos, sobretudo dos pobres e sofredores, que é iluminado pela convicção e pelo anúncio do Reino de Deus a caminho do qual estamos. Partilhamos a certeza de que há uma vida definitiva a desabrochar plenamente para além deste tempo, garantia incontestável da Páscoa do Senhor Jesus. Em espírito de escuta, de profunda humildade, a Igreja, congregação dos discípulos de Jesus, deixa-se interpelar pela indispensável revisão. Assim, busca avançar ainda mais na vivência e no testemunho da caridade, que transforma e efetiva a missão de servidora que tem a Igreja na sociedade.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
Fonte: Rádio Vaticano

O CAMINHO E OS DESAFIOS DO PAPA FRANCISCO


Roma (RV) – “Direito e espiritualidade estão ligados”. Assim o Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Cardeal Francesco Coccopalmerio, manifestou-se no encontro “O caminho e os desafios do Papa Francisco”, organizado pela Associação “Buona Cultura” da “Lumsa” e realizado no Campidoglio, em Roma, na quinta-feira (19/02).
A reflexão inspirou-se nos quase dois anos do Pontificado, com diversos testemunhos sobre o caminho e sobre os desafios do Papa Francisco, incluindo a reforma da Cúria promovida pelo Pontífice. Da hermenêutica da pessoa, ou ainda, o modo de interpretar a realidade do Papa Francisco e a ligação entre direito e espiritualidade, o Cardeal Coccopalmerio falou aos microfones da Rádio Vaticano:
“Direito e espiritualidade estão conectados, porque o direito significa tudo aquilo que na pessoa existe de mais profundo, de mais ontológico, portanto, de mais sacro e se existe uma espiritualidade é a de contemplar a pessoa, de amar a pessoa e assim contemplar e amar aquilo que na pessoa é mais íntimo, é mais radicado, mais ontológico, e isto é o direito”.
A atenção às periferias, sobretudo as existenciais, a mensagem de esperança aos jovens, o pedido de mais ética na política e na economia, são tantos os temas caros a Francisco – recordou-se o Cardeal – que foi também o primeiro Pontífice a excomungar explicitamente os mafiosos durante sua viagem à Calábria, como recordou o magistrado, ex-Procurador anti-máfia, Giancarlo Caselli:
“É uma excomunhão explícita, sem reservas, e consequentemente o convite à toda a Igreja para superar estes atrasos, as incongruências, as desatenções que talvez existiram no passado. E em relação à corrupção, se possível, o Papa Francisco é também mais – difícil usar este adjetivo falando dele – duro, porque considera a corrupção um dos males piores, quando diz, e repetidamente o diz – que os corruptos dão de comer aos seus filhos pão corrompido, pão deteriorado, quando diz que os corruptos são sepulcros não somente caiados, mas pintados de podridão, diz coisas muito fortes para condenar sem reservas um fato gravíssimo que é também o empobrecimento da coletividade. Os seus discursos são dirigidos sim, também às autoridades, por assim dizer, à magistratura, aos legisladores, mas sobretudo, em modo particularmente atento, em modo de criar nova sensibilidade e determinar um ímpeto de orgulho, de atenção, aos cristãos, aos cidadãos”.
Estamos no alvorecer de uma revolução evangélica, afirmou o primeiro Secretário leigo da Pontifícia Comissão para a América Latina, Guzmàn Carriquiry, que sublinhou como o afeto dos fiéis pelo Papa Francisco em todo o mundo não é somente resultado de seu carisma mediático, mas da intensidade do seu operado nos primeiros dois anos de Pontificado. E sobre a importância do tema e do lugar do Simpósio, fala o Presidente da Associação “Buona Cultura”, Valerio Toniolo:
“Defendemos que este lugar e este momento de encontro seja de bom auspício para o futuro, mas sobretudo que conte um presente feito de tantas dificuldades, de tantos desafios mas aberto a uma forte mudança, que nós sentimos, que nós esperamos como Igreja mas também para Roma, porque o Papa é o Bispo de Roma, portanto, defendemos que o seu empenho pastoral seja fundamental para a cidade”. (JE)
Fonte: Rádio Vaticano