domingo, 28 de setembro de 2014

COMO A MINHA FÉ É PEQUENA


Noutro dia, numa visita a Jesus Sacramentado, na Capela do Santíssimo da minha paróquia, estava em momento de adoração quando comecei a me questionar:

Como a minha fé é pequena. Como preciso crescer na fé!

Fiquei me cobrando e me perguntando,  por que eu, ali na frente de Jesus, o meu único e verdadeiro Deus, não estava  sentindo nada em meu coração.

Eu acredito que é Jesus que está ali presente no Sacrário e, por isso, queria sentir a Sua presença junto de mim. Mas, por que não sinto ainda meu coração arder com o seu amor? Por que não me deixo arrebatar pela Sua presença? Por que enfim, não fico extasiado na presença do meu Deus?

Foi quando cheguei a conclusão de que realmente a minha fé é muito pequena.

Aí, me lembrei do que meu querido pai, já falecido, sempre me falava e que eu nunca esqueci. Dizia ele: "meu filho, se nós tivéssemos a noção de que é realmente Jesus que está na nossa frente no Sacrário, nós viveríamos de joelhos à sua frente o tempo todo de nossas vidas."

E, é verdade!

Continuando ali  de frente ao Senhor, eu então fiquei me perguntando: e, se ali na minha frente, ao invés da hóstia consagrada, estivesse o próprio Jesus, em corpo, alma e divindade?

Como seria que eu estaria reagindo, vendo Jesus ressuscitado de pé, na minha frente,  com seu corpo e suas vestes irradiando uma luz muito brilhante e intensa? Ele nem precisaria falar nada.

Como eu estaria reagindo?

Com certeza eu estaria deitado aos Seus pés, com o rosto no chão ou  ajoelhado e imóvel, apreciando maravilhado aquele momento único e fitando seus olhos e todo o Seu ser.

Com certeza ainda, estaria em êxtase, sentindo  ao mesmo tempo, um fogo arder em meu peito (como sentiram os discípulos de Emaús) e uma paz tão grande e intensa, que também com certeza, iria querer que nunca acabasse; e pensaria em montar uma "tenda" e ficar ali para sempre, como Pedro e os discípulos quiseram fazer quando presenciaram a Transfiguração de Jesus.

Aí, mais uma vez, me questionei: Será que só eu me sinto assim de frente para o Sacrário?

Me lembrei então, da história da Beata Madre Tereza de Calcutá, quando perguntada por uma das irmãs seguidoras da sua congregação sobre o que ela falava ou rezava para Jesus durante todo o tempo em que ficava junto ao Santíssimo Sacramento. E eram horas e horas de adoração.

Madre Tereza respondeu então a irmã, que tinha momentos que ela não rezava nada, ficava ali às vezes, contando os azulejos da Capela do Santíssimo, pois já não tinha mais o que rezar. Mas, que ela permanecia ali, pois Jesus a estava vendo bem de perto. E, isso era o importante.

Naquele momento, olhei para um lado, para o outro e me perguntei, cadê todas as outras pessoas católicas que também acreditam em Jesus e são seus seguidores?

No mesmo momento me respondi: com certeza muitas vieram ao Sacrário em outro horário, outras estão trabalhando, estão estudando, estão cuidando de suas vidas, de suas famílias. Estão lutando pela sobrevivência. 

Quantas vezes deixamos de visitar Jesus que está tão perto de nós, pelos afazeres e a correria do dia-a-dia. Por que Ele não faz parte do nosso planejamento diário?

Nesse momento, me senti decepcionado comigo mesmo  por  ainda  não ter uma fé tão grande que me faça estar ali junto a Jesus Sacramentado, senão o tempo todo de minha vida, mas pelo menos  uma vez por semana, uma vez por mês, quem sabe... 

Reconhecendo que é o próprio Cristo que ali está no Sacrário à nossa frente, por que não o visitamos todos os dias, nem que seja para apenas deixar que Ele nos veja bem de perto, como fazia Madre Tereza.

Precisamos e sentimos falta de estar com  o nosso Deus.

É reconfortante saber que Ele está sempre de braços abertos esperando pela nossa visita. Mesmo que não nos diga isso pessoalmente. Mas, já nos falou e continua a nos falar através das Sagradas Escrituras.

Vou me esforçar para não deixar que a correria da vida me leve a ficar distante do Santíssimo Sacramento mas, ao contrário, vou me catequizar para com maior freqüência visitar o meu Jesus em Sua morada, o Sacrário.



E você meu irmão, minha irmã, já O visitou hoje? 

Por: José Vicente Ucha Campos

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